Neurose I
Neurose é o nome usado para definir características comuns a um grupo de pessoas que não apresentam comprometimento grave da personalidade, como no caso dos psicóticos e psicopatas.
A maior parte das pessoas possui traços neuróticos. Esses traços são normais e podem se destacar como qualidade positiva. Como exemplo, no caso de alguém que seja bastante organizado e se beneficie desse modo de ser. O que difere o transtorno do traço é a intensidade, o exagero.
No outro extremo da organização bem vinda encontra-se a obsessão por ordem e intenso sofrimento, enquanto não consegue organizar o que está "desarrumado".
O núcleo da neurose, a origem do desconforto, está calcada na ansiedade e na angústia.
Este núcleo pode se apresentar de diversas formas, como por meio de medos (fobias), obsessões, compulsões (manias), distimia (depressão leve), etc.
Alguns tipos de neurose são parte integrante da personalidade da pessoa. Outros tipos eclodem a partir de um evento traumático, estressante. Ambos têm grande chance de cura com acompanhamento psicológico e, dependendo da intensidade, psiquiátrico. Um exemplo de neurose crônica é a distimia. Pessoas ranzinzas, pessimistas, mal humoradas,críticas, se chateiam com qualquer coisa.

Dissociação
Cada pessoa tem um padrão próprio de ser, pensar e agir no mundo junto às pessoas e coisas. A personalidade neurótica é composta por um padrão de dissociação, separação dos sentimentos e interpretação do mundo como bons ou maus, certos ou errados, sagrados ou pecaminosos. Passa-se a atribuir aos outros, ao encosto ou ao demônio aspectos que nos pertencem, gostemos ou não, consigamos lidar com eles ou não.
Estes indivíduos não são capazes de viver uma depressão saudável, necessária para elaboração de conteúdos indigestos. A falta de contato interno é eleita a defesa principal contra essas angústias, bem como a falta de confiança nas relações.
Ansiedade
O padrão de pensamento ansioso tenta prever possíveis situações desagradáveis ou vexamosas e as saídas possíveis para as mesmas. Na maioria das vezes, as projeções ansiosas gastam muito mais energia e causam mais sofrimento do que a situação em si. 80% dos pensamentos são basicamente inúteis e ocupam tempo, desgastam. Essa dinâmica pode disparar em situações como promoção no trabalho, demissão, avaliação, contato com a multidão, entre outras.
- Crise conversiva. Conflitos que a mente não consegue solucionar transbordam e passam a se manifestar no corpo por meio de paralias temporárias, por exemplo;
- Mecanismo de dissociação (separar razão e emoção, por ex). Os conflitos psíquicos são afastados da consciência ou da afetividade;
- Negação, seja de um fato ou um sentimento que não se encaixe com a maneira que organizou sua percepção da vida;
- Soluções racionais para conflitos com alta carga emocional.

- Consciência a respeito de sua dificuldade, embora não consiga lidar com ela;
- Autonomia satisfatória na área produtiva;
- Dificuldade na área inter-relacional, já que situações sociais podem despertar muita ansiedade;
- Algumas situações específicas (multidão, locais fechados, ônibus, metrô) podem causar ansiedade, passando muitas vezes a serem evitadas;
- Crises somáticas (úlceras, gastrites..de origem emocional).
- Fobia: medos desproporcionais em relação a algo (altura, locais fechados, animais...);
- Ansiedade generalizada;
- Transtorno Obsessivo Compulsivo: predomínio de pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos manifestam-se por meio de rituais e tiques;
- Histeria: teatralidade, necessidade em chamar atenção; conversão de conflitos psíquicos pelo corpo;
- Conversão:(presente na histeria)da dor psíquica em sintomas físicos temporários como perda da função motora e sensitiva;
- Distimia: depressão leve e constante ao longo de, pelo menos, dois anos;
- Angústia;
- Transtorno de estresse pós traumático; retraimento nas esferas afetiva, social, depressão, ansiedade, pensamentos recorrentes em relação ao evento traumático;
- Estresse: Após epísórios de grande tensão emocional podem ser desencadeados sintomas de estresse.